365º poema
Sim, havia céu
E era um só
Circulava pelas coisas
E as coisas eram
Mais do que coisas:
Eram tudo
Em sagrada dessemelhança
Sim, havia o mar
Onde barcos se entreolhavam
E ondas se abraçavam
As possibilidades
De toda superfície líquida
Ecoavam entre as estrelas
Que banhavam
De luz
A sua última voz
E ele sonhou
Que estava vivo
Elevou-se no vento
Em um abraço
Nada mais procurava
Nada mais estava
Em si
O poder da eternidade
Diluiu suas células
Expandiu seus átomos
E seu nome,
Letra por letra,
Foi-se distraindo
No nome do Universo.
editora ano 1
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(21) 99682-8364 - joaodeabreu9@gmail.com
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